As flores que ninguém colhe
Sobre perfumes desperdiçados, amores silenciados e belezas ignoradas
Ela nasceu para perfumar o mundo, mas o mundo passou apressado demais.
Esse poema fala de uma flor — símbolo de quem sente demais, oferece tudo e, mesmo assim, é deixada à margem.
Fala sobre o cansaço de esperar amor, sobre o desejo de desaparecer com o vento, e sobre o triste destino das belezas que ninguém escolhe ver.
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Aquela flor perdeu as esperanças
Já não quer perfumar nenhum jardim.
Já não é mais primavera —
Enfim, anseia o outono.Ela já não pensa no amor,
Nem crê que enfeitar um buquê lhe agradaria.
Essa flor desconhece o amor,
Apesar de tê-lo querido todos os dias.Pra quê perfume tão estonteante,
Se é ignorada frequentemente?Volta e meia, o que a alegra
São as carícias que o vento lhe traz.
E ela, querendo ir com o vento —
Sabe-se lá pra onde...Mal sabe esta flor que nada lhe cabe,
A não ser o esquecimento.
É assim a vida das flores da beira da estrada:
Tanto perfume e amor...
Para nada.